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Encantamento- cura para as dores da alma

Encantamento: cura para as dores da alma!

Conto budista: Deixe de ser um copo. Torne-se um lago!


O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse um a mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.

- Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.

- Ruim – disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o Mestre disse:

- Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água escorria pelo queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- Qual é o gosto?

- Bom! – disse o rapaz.

O Mestre, então, sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:

- A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.

Deixe de ser copo. Torne-se um lago.

Depois de ler um conto budista, a introspecção e a reflexão são movimentos inevitáveis. Esse faz pensar na perspectiva que adotamos diante das situações vividas. De qual lugar observamos a vida? Como recebemos os desafios, enquanto aprendizes que somos? De que forma acolhemos os fatos que se apresentam, muitas vezes, independentes da nossa vontade? Perguntas necessárias no percurso da compreensão de como tornar-se um lago, aumentando a percepção das coisas boas que se tem. Parece simples, mas nem sempre é. Temos maior facilidade para lembrar e manter o que nos fere, e certa dificuldade para resgatar o que nos faz sorrir. Por isso, torna-se fundamental investigarmos: quando foi que deixamos de lado o riso fácil? A leveza? A alegria mais constante? A espontânea percepção das coisas boas?

Alegria, espontaneidade, leveza... infância!! Crescemos, tornamo-nos adultos e ... então, parece que a vida pesa!

Crianças têm a capacidade de mudar o foco com muita rapidez e prontidão, esquecem os motivos de tristeza, aborrecimento, chateação diante de algo novo, curioso ou de uma promessa de diversão; e o choro de minutos atrás já faz parte do passado. Crianças têm um “encantamento” natural pela vida! E é essa capacidade de encantamento que precisa ser resgatada, tornar-se um exercício constante... Encantar-se diante das coisas mais singelas e despretensiosas, como um voo de borboleta, o canto de um pássaro, um nascer do dia, um entardecer anunciando a noite... a Lua cheia, o vento , a chuva... um sorriso, uma gentileza, a oportunidade de um cumprimento desejando um bom dia, a presença de um amigo, a conversa com um (des)conhecido, um olhar compreensivo, um ouvido disposto, uma mão, uma carícia...momentos para serem lembrados quando a vida doer e estivermos com um punhado de sal nas mãos. O encantamento como postura é o que alimenta o “lago”. A mudança de recipiente (perspectiva) muda o sabor da água (vida).

Um pouco mais de encantamento diante da vida para recuperarmos o riso fácil!

Cau Gazzola
Cau Gazzola
Amiga e parceira do Espaço Vida e Plenitude.

1 Comentário

  1. Mônica Marques Alves Zanardo disse:

    Muito bom os textos.
    Alimentos que nutrem nossos dias, nossas reflexões e nos ajudam a iluminar nossos caminhos.

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