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A FELICIDADE NÃO COMEÇA PELO LADO DE FORA 1

A felicidade não começa pelo lado de fora, ela brota de dentro

“Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo “atacados” porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. [...]”

Gaiolas e asas – Rubem Alves

Hoje fui “atacada” por esse pensamento: a felicidade não começa pelo lado de fora, ela brota de dentro”. Como bem explica Rubem Alves, surgiu repentinamente, fazendo ver, sem explicar. Abraçando com simplicidade, uma verdade profunda... Felicidade, esse sentimento sempre desejado, incansavelmente buscado... brota de dentro da gente!


Mas... O que é FELICIDADE?


Provavelmente cada pessoa que responder a esta pergunta, apresentará uma resposta própria, pois, em certa medida, felicidade é algo pessoal e intransferível. Por outro lado, existe um senso comum compartilhado por um grande número de pessoas que diz: felicidade é ter saúde, amor, dinheiro, amigos, família...

A ideia de felicidade acompanha o ser humano desde a antiguidade, faz parte da sua história e sobre o tema, a referência filosófica mais antiga que se tem é a definição de Tales de Mileto (séc. VI a.C.): é feliz “quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada.” Atentemos para a expressão “boa sorte”, pois, para os gregos mais antigos a felicidade dependia disso. Mais adiante Sócrates (469 a.C. / 399 a.C.) deu um novo rumo para a ideia de felicidade, dizendo que ela não se relacionava à satisfação dos desejos e necessidades do corpo, sendo o homem, principalmente alma. Assim, felicidade era o bem da alma que só seria atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. Consideração levada adiante por seu maior discípulo, Platão (427 a.C./ 347 a.C.). Aristóteles (384 a.C. / 322 a.C.), discípulo de Platão, criticou o idealismo do mestre, reconhecendo a necessidade de elementos básicos como a boa saúde, a liberdade e uma boa situação social e econômica para ser feliz... Como vemos, desde antes de Cristo, até os dias de hoje, debate-se o homem no esforço de compreender a si mesmo.

Atualmente, encontramos variados meios de comunicação, interação e formação, tratando do assunto, mostrando talvez, que as respostas não satisfazem e nem as “receitas”, abundantes em todas as esferas que promovem reflexão, dão conta das infindáveis variantes que envolvem o ser humano. Contudo, voltemos ao aforismo que suscitou tal devaneio... A felicidade “brota” de dentro.

Sim, tudo o que está do lado de fora relaciona-se conosco, porém, pertence ao que está além de nós...e para brotar, é necessário plantar, semear... “semear” tudo o que traz a sensação boa de felicidade, tudo que inspira sentimentos leves, tudo que faz florescer sorrisos... e, “plantar” na terra fértil do nosso interior... O que brotar desse plantio, deve ser a felicidade para cada um de nós.

Sem idealismos, sabemos que ela é uma ocorrência eventual, episódica, e que ninguém consegue ser feliz o tempo todo... mas, quanto maior a reserva de “coisas boas” plantadas lá dentro de nós, maior a probabilidade de brotar felicidade por mais tempo. “Bora” plantar?


Imagens: Gaby Herbstein - Huella ecológica. Calendario 2011.

Cau Gazzola
Cau Gazzola
Amiga e parceira do Espaço Vida e Plenitude.

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